POLUIÇÃO POR RESÍDUOS
SÓLIDOS NO BAIXO SÃO FRANCISCO, NORDESTE DO BRASIL
A grandiosidade do rio São Francisco sempre despertou no
ribeirinho a errônea ideia de que suas águas seriam capazes de absorver tudo o
que é descartado em suas águas. Atualmente, o despejo inadequado do resíduo
sólido é um dos grandes problemas mundiais. A presença de resíduos sólidos no
Baixo São Francisco é abordada utilizando técnicas de censos visuais e o
mergulho livre. O presente trabalho fornece informações das margens do rio nas
orlas histórica de Penedo (AL) e portuária de Néopolis (SE), além da Praia do
Pontal do Peba, Piaçabuçu (AL), próxima a foz do rio, com a finalidade de
analisar quali-quantitativamente os resíduos sólidos presentes, assim como a
percepção dos ribeirinhos sobre o problema. Para a análise quali quantitativa,
realizou-se a coleta do lixo em 30 transectos, 30x2 m², paralelos às margens. O
lixo foi recolhido e classificado em 11 categorias (garrafas plásticas,
embalagens plásticas, vidros, metais, tecidos, materiais de pesca, madeira
manufaturada, borrachas, isopor, espumas e papel) e pesado. Foram recolhidos
103,4 Kg de resíduos sólidos, sendo 59,6 Kg na praia do Pontal do Peba, 33,2 Kg
na orla do centro histórico de Penedo e 30,6 Kg nas proximidades do porto de
Neópolis. Dentre estas categorias, os resíduos plásticos dominaram. Para
análise da percepção, foram aplicados 30 questionários em cada localidade, onde
foi observado que acidentes envolvendo o lixo são comuns, que os ribeirinhos
consideram o rio poluído e que são responsáveis pela presença dos resíduos
sólidos, apontando a educação ambiental como a principal saída para minimizar o
problema.
Palavras-chave
Alagoas; Impacto ambiental; Lixo; Rio São Francisco; Sergipe
https://revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/4015
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